
Onda de ataques a ônibus em São Paulo mobiliza 7.800 policiais após mais de 600 veículos depredados
Onda de ataques a ônibus em São Paulo mobiliza 7.800 policiais após mais de 600 veículos depredados
Desde o dia 12 de junho de 2025, uma violenta onda de vandalismo contra o transporte público de São Paulo tem estremecido a capital e a região metropolitana. Segundo dados da SPTrans e da Artesp, mais de 600 ônibus foram atacados — incluindo veículos municipais, intermunicipais e escolares. A situação levou o governo do estado a acionar a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, mobilizando 7.800 policiais e 3.600 viaturas para garantir a segurança nas ruas.
🔥 Números alarmantes
Em apenas 30 dias, foram registrados 466 coletivos municipais vandalizados, e no total cerca de 750 casos na Grande São Paulo até 16 de julho. Somente em um dia, foram atacados 59 veículos e em outro 47 — um segundo e terceiro recorde do período 1.
Modalidades de ataque e feridos confirmados
A forma mais comum de ataque tem sido pedradas arremessadas contra os ônibus em movimento, causando quebra de vidros. Há registro de ferimentos graves: uma mulher de 31 anos sofreu múltiplas fraturas no rosto, e uma criança de 10 anos foi atingida por estilhaços no Morumbi 2.
Investigação em andamento e hipóteses
A Polícia Civil, com apoio do DEIC e da Divisão de Crimes Cibernéticos, investiga as possíveis motivações. Estão avaliadas três linhas principais:
- Desafios virais nas redes sociais;
- Conflitos entre empresas de transporte;
- Possível participação de facções criminosas (como o PCC) 3.
Até o momento, investigações descartaram a participação direta do crime organizado na maioria dos casos. A maior parte dos incidentes ocorreu na zona sul da capital, responsável por 60% das ocorrências 4.
Reação das autoridades
A Operação Impacto, anunciada pela Polícia Militar em 3 de julho, atua em corredores de ônibus, terminais e garagens, estendendo-se até o fim de julho. Ela já envolvia 7.800 policiais e 3.600 viaturas estratégicas 5.
Consequências operacionais e sociais
Para o setor de transporte, os ataques geram atrasos, substituição de veículos e penalizações por viagens não realizadas. O SPUrbanuss estima que os prejuízos podem causar restrições às concessionárias 6.
Além dos danos materiais, o sentimento de insegurança entre passageiros tem aumentado, e relatos de filas e cancelamentos se multiplicam.
Casos específicos
No dia 5 de julho, um ônibus foi atacado em Pirituba, contendo passageiros, e uma mulher foi ferida. O suspeito foi identificado e levado para o 33° DP, conforme registro da polícia local 7.
Comentários públicos e continuidade da crise
O prefeito Ricardo Nunes e o governador Tarcísio de Freitas reforçaram que não há razão para alarde, mas que o governo acompanha as investigações de perto. As causas ainda permanecem sem confirmação oficial 8.