Quem são os integrantes da trama golpista e quem foi condenado — CotidiaNews
Quem são os integrantes da trama golpista e quem foi condenado
Por CotidiaNews.net — Atualizado em 11 de setembro de 2025
Resumo executivo
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta semana e condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por participação em esquema investigado como tentativa de desestabilizar a ordem democrática após as eleições de 2022. As penas variam conforme o papel atribuído a cada réu e incluem longos períodos de reclusão, além de dias-multa e multas fixadas em acórdão. :contentReference[oaicite:0]{index=0}
O que foi investigado
Identificada na tramitação como a “trama golpista” ou nos autos como Ação Penal 2668 (AP 2668), a investigação apurou supostas articulações que teriam combinado mobilizações, uso de estruturas estatais e apoio de agentes civis e militares com o objetivo de impedir ou reverter o resultado legítimo das eleições de 2022. O esforço probatório incluiu documentos, mensagens eletrônicas, depoimentos e diligências de órgãos de inteligência e da Polícia Federal. :contentReference[oaicite:1]{index=1}
Principais acusações
Entre os crimes que constam nas peças acusatórias e que foram objeto de apreciação pelo STF estão: tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e atentado contra patrimônio público tombado. A qualificação e a dosimetria das penas foram definidas pelo colegiado conforme o papel de cada condenado. :contentReference[oaicite:2]{index=2}
Quem integra o “núcleo” investigado (perfil resumido)
A demanda concentrou-se em um chamado “núcleo” de atores de maior relevância investigativa — uma combinação de ex-ministros, militares de alta patente e assessores próximos ao ex-presidente. Abaixo, os perfis e o status processual conforme o julgamento mais recente.
1. Jair Messias Bolsonaro (ex-presidente)
Perfil: Militar de reserva, eleito presidente em 2018 e derrotado em 2022; líder político com ampla base de apoio. Situação: Condenado pela Primeira Turma do STF; pena fixada no julgamento foi de 27 anos e 3 meses de reclusão, com aplicação de dias-multa e multa, segundo o acórdão. Bolsonaro seguia em prisão domiciliar no momento da decisão e recorreu por meio de sua defesa. :contentReference[oaicite:3]{index=3}
2. Walter Braga Netto (general, ex-ministro)
Perfil: General da reserva, ocupou postos de comando no Exército e atuou como ministro e chefe da segurança em governos recentes. Foi candidato a vice-presidente na chapa de 2022. Situação: Condenado no mesmo processo; o tribunal aplicou pena privativa de liberdade de longa duração, com multa, em conformidade com a dosimetria atribuída à sua participação. :contentReference[oaicite:4]{index=4}
3. Augusto Heleno (general, ex-ministro do GSI)
Perfil: Militar da reserva e ex-ministro responsável por assuntos de segurança institucional e de inteligência; figura com histórico de proximidade a setores de defesa. Situação: Condenado pelo colegiado, com pena de vários anos de prisão estabelecida no acórdão, considerando agravantes ligados ao cargo e à influência. :contentReference[oaicite:5]{index=5}
4. Almir Garnier Santos (almirante, ex-comandante)
Perfil: Oficial da Marinha que ocupou altos postos de comando. Situação: Condenado; recebeu pena conforme a participação atribuída nos autos. As decisões do tribunal registram a presença de oficiais das Forças Armadas entre os condenados, fato que chamou atenção por ser incomum na história contemporânea brasileira. :contentReference[oaicite:6]{index=6}
5. Mauro Cid (tenente-coronel, ex-ajudante de ordens; delator em parte dos autos)
Perfil: Militar de patente intermediária, ligado à logística e atendimento direto a autoridades; teve papel citado nas investigações. Situação: Condenado; teve pena mais branda em comparação aos líderes do núcleo, com regime e condições ajustadas pelo tribunal, em atenção ao seu grau de participação. :contentReference[oaicite:7]{index=7}
6. Alexandre Ramagem (ex-diretor da ABIN e deputado federal)
Perfil: Ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e figura próxima ao ex-presidente; posteriormente emplacado na política parlamentar. Situação: Condenado; a pena fixada pela Primeira Turma incluiu prisão e dias-multa, com impacto adicional sobre sua situação parlamentar conforme dispositivos legais aplicáveis. :contentReference[oaicite:8]{index=8}
7. Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF)
Perfil: Ex-ministro da Justiça com trânsito em áreas de segurança pública e operações policiais; participou de gestões centrais ao governo anterior. Situação: Condenado no processo; a pena foi compatível com o papel endereçado a sua conduta nos autos. :contentReference[oaicite:9]{index=9}
8. Paulo Sérgio Nogueira (general, ex-ministro da Defesa)
Perfil: General da reserva que chefiou a Defesa; sua presença no rol de réus suscitou atenção sobre envolvimento de militares de alto comando. Situação: Condenado; o tribunal aplicou pena de 19 anos de prisão (conforme redação do acórdão), além de dias-multa, observadas atenuantes e agravantes na dosimetria. :contentReference[oaicite:10]{index=10}
Como foram definidas as penas
A fixação das penas levou em consideração a tipificação adotada pelo relator, o voto dos ministros que compuseram a maioria e as circunstâncias pessoais de cada réu — liderança, coautoria, origem hierárquica, utilização de estruturas públicas e repetição delitiva. Em relação ao ex-presidente, a soma das penas por diferentes crimes resultou na cifra de 27 anos e 3 meses apontada pelo acórdão. Para os militares e ex-ministros, as penas variaram, em regra, de cerca de duas décadas a mais de duas décadas de reclusão. :contentReference[oaicite:11]{index=11}
Votação e composição do julgamento
A Primeira Turma formou maioria de votos pela condenação, com decisões que registraram divergências isoladas. Em linhas gerais, o relator (ministro Alexandre de Moraes) conduziu a instrução e apresentou proposta de condenação; ministros que integraram a maioria seguiram entendimento semelhante, enquanto houve voto de absolvição parcial ou divergente em posições pontuais. O resultado abre prazos recursais que podem levar a revisão em instâncias superiores. :contentReference[oaicite:12]{index=12}
Consequências jurídicas imediatas
Constitucionalmente, condenações criminais de caráter grave podem ensejar efeitos como perda de direitos políticos (inelegibilidade), restrições ao exercício de função pública e execução provisória ou definitiva da pena conforme decisões de instância superior. As defesas têm caminho aberto para interpor recursos, pedir efeitos suspensivos e alegar nulidades ou insuficiências probatórias, o que torna o processo recursal a próxima etapa previsível e potencialmente longa. :contentReference[oaicite:13]{index=13}
Repercussão política e institucional
A condenação de ex-chefes do Executivo e de oficiais militares de alto escalão trouxe repercussão imediata no espectro político: apoiadores denunciaram perseguição e convocaram mobilizações; setores da sociedade e lideranças políticas saudaram a decisão como demonstração de que o aparato judicial atua para proteger a ordem constitucional. Instituições civis e organismos internacionais acompanharam o desfecho, em geral destacando a importância do respeito ao devido processo e dos desdobramentos institucionais. :contentReference[oaicite:14]{index=14}
O que vem a seguir: recursos e medidas
Nas próximas semanas e meses, as defesas deverão protocolar apelações e recursos às cortes superiores, além de medidas incidentais para tentar suspender os efeitos das penas aplicadas. O conteúdo integral do acórdão e a fundamentação detalhada de cada voto serão peças centrais para as teses recursais. Enquanto isso, órgãos de segurança e o próprio Judiciário avaliam medidas de proteção a magistrados e servidores diante de eventuais ameaças e manifestações. :contentReference[oaicite:15]{index=15}
Notas sobre fontes e transparência
Este levantamento foi elaborado a partir do acompanhamento jornalístico das decisões da Primeira Turma do STF e da cobertura de agências nacionais e internacionais, que trouxeram fragmentos do acórdão, tabelas de penas e declarações de ministros e advogados. A publicação prioriza a reprodução fiel dos fatos conhecidos até o momento e registrará atualizações caso o tribunal publique peças novas ou ocorram alterações processuais relevantes. :contentReference[oaicite:16]{index=16}
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Mais lidas
- Reuters — cobertura da condenação e penas
- Agência Brasil — resumo do julgamento
- CNN Brasil — detalhes sobre réus e penas
Assinatura editorial: Este artigo foi produzido pela equipe editorial da CotidiaNews.net.
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