Lula ironiza Trump com jabuticaba após anúncio de tarifas
Lula ironiza Trump com jabuticaba após anúncio de tarifas
Na manhã deste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva protagonizou um momento inusitado e descontraído nas redes sociais. Em uma publicação feita pela primeira-dama Janja, Lula aparece comendo jabuticabas e, com um sorriso no rosto, manda um recado direto a Donald Trump: “Eu vou levar jabuticaba para você, Trump.” A frase viralizou instantaneamente, provocando milhares de reações, comentários e compartilhamentos.
A fala, ainda que descontraída, ocorreu no contexto do recente anúncio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou a intenção de impor uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros, caso volte à presidência em 2025. As medidas foram anunciadas como parte de uma nova política de “proteção ao trabalhador americano” e atingem principalmente setores como o agronegócio, aço, alumínio e calçados.
Diplomacia com sabor tropical
Lula, ao comentar o episódio, ressaltou que “quem come jabuticaba não fica de mau humor”, em uma tentativa de demonstrar que o Brasil está aberto ao diálogo, sem perder o bom humor e a leveza. A metáfora com a fruta típica brasileira simbolizou uma abordagem mais pacífica diante do que muitos interpretaram como uma ameaça à economia nacional.
Durante o vídeo, Lula reforçou: “A gente tem que responder com sabedoria. Se os Estados Unidos impõem barreiras comerciais, nós temos a Lei da Reciprocidade. Mas isso não significa que vamos entrar em guerra comercial, e sim mostrar que o Brasil não se dobra diante de ameaças, mas dialoga com firmeza.”
O impacto das tarifas e a Lei da Reciprocidade
As tarifas de 50% sugeridas por Trump têm o potencial de impactar negativamente o setor exportador brasileiro. Segundo especialistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os principais produtos atingidos seriam a soja, o café, carne bovina e produtos industrializados de média e alta tecnologia.
O Brasil possui mecanismos legais, como a Lei da Reciprocidade, que permite impor medidas semelhantes a países que adotam sanções econômicas unilaterais. No entanto, analistas ponderam que o uso desse dispositivo deve ser estratégico, para não comprometer o comércio bilateral com os Estados Unidos, que representa cerca de 15% do total das exportações brasileiras.